TIPOS DE MANGÁ


O mercado editorial japonês é hiper-segmentado; ele atende a tipos de consumidores específicos.
Antes de falar dos estilos de mangá, falemos do seu público-alvo:

Kodomo — mangá para crianças; normalmente são revistas com altíssimo interesse comercial e financiada por empresas de brinquedos. Porém, contém muito material dedicado à alfabetização, à ciência e fomenta a pesquisa.

Josei (ou redikomi) — mangá para m******* em que aparecem de receitas de bolo à dicas sobre religiões e seitas. Não confunda com o mangá para adolescentes femininas.

Seinen — mangá para homens que abordam temas mais "sérios", como espionagem, policial, Ma-Jong (!!!), institucional, etc.

Shojo — mangá para adolescentes femininas. Um dos mais conhecidos estilos de mangá, o Shojo tem como característica principal o clima onírico, com histórias lacrimosas, românticas e que possuem um clima "lânguido" todo especial.
Intragável para quem não é m*****.

Shonen — mangá para adolescentes masculinos e apinhado de interesses comerciais, já que 99% de suas histórias se tornam ou são financiadas por anunciantes como fabricantes de jogos, brinquedos, bicicletas, eletro-eletrônicos, etc.

Os gêneros dos mangás são:

Gekiga - imagens e situações dramáticas.

La Novelle Manga - movimento artístico franco-belga-nipônico criado por artistas independentes e que vendem seus mangás ao largo do mainstream dos quadrinhos. São essencialmente obras de autores franceses e japoneses que misturam recursos "cinematográficos" do mangá com o "realismo" frances. Resultando em obras para "pessoas sofisticadas". Moebius fez algumas coisas nesta área.

Semi-alternativo - Publicação individual feita e mantida pelo próprio artista ou sua "associação". São mangás de baixa tiragem mas, devido à inteligência e carisma do autor, se torna muito popular entre os leitores. Especialente ao conteúdo inconformista e intelectual.
No Brasil a chamamos aproximadamente de "obra de autor".
Não confunda com fanzine (doujinshi).

Lutas - ou Fighting. Todos os mangás de brigas mano-a-mano.

Maho Shojo - garotas mágicas, feiticeiras, bruxinhas, etc. Segmento extremamente comercial, é também chamado de "kawaii mangá". Muitas das personagens do Maho Shojo são usadas nos mangás Lolicon.

Moe - também chamado de Maho Kanojo ou "namorada mágica". Um dos primeiros mangás a mostrar essa situação foi Urusei Yatsura, quando uma linda alien vai morar com um rapaz. Oh!MY Goddess! também é outro exemplo.

Mecha
De "mecanismo". O termo é aplicado aos mangás de robôs gigantes ou naves espaciais gigantes.
Evangelion mistura o estilo Mecha com toques de Yaoi, Yuri e Guro.

Shonen-ai - romance gay.

Shojo-ai - romance lésbico. Eu disse romance, e não pornografia!

Agora, dentro do mangá pornográfico (também conhecido como Ecchi ou Hentai), ha as seguintes categorias (que também são aplicadas aos jogos para computador e demais plataformas):

YAOI
Derivativo do mangá feminino e mais consumido por m*******, neste tipo de estilo temos histórias em que aparecem personagens que são homossexuais masculinos (gay).

YURI
Também derivativo do mangá feminino, com a diferença que as personagens são homossexuais femininas (lésbicas).

GURO
O termo pode ser traduzido como grotesco, ou pode ser adaptado muito de perto ao splatter.
O Guro têm diversas subdivisões: Guro-ero (tripas eróticas), Guro Fecal (tripas com fezes, urina, etc), Guro-loli (crianças estripadas), Guro com sangue e morte, eviscerações, disscações, tortura, etc.
É essencialmente um estilo que mostra cenas e situações de extrema violência e humilhação humana, principal e essencialmente feminina.

SHOTA-CON
Este termo foi gerado a partir de um personagem do mangá Tetsujin-28, aonde um menino enfrenta os adultos e lhes diz o que pensa, impondo sua vontade a eles.
Houve uma deturpação no termo, e este passou a definir os mangás aonde meninos são explorados sexualmente por adultos, normalmente masculinos (mas m******* adultas também são eventualmente utilizadas).
O equivalente masculino do Shota-con é o Lolicon.

LOLICON
Mais comumente chamado de pornografia infantil, o Lolicon é conhecido por apresentar crianças em cenas de sexo solitário, entre colegas ou com a participação de adultos. Sexo este que acontece com ou sem o consentimento da criança.
O estilo Lolicon é legalmente aceito no Japão (desde que não se use modelos reais para se criar o gibi), mas pornografia infantil não é tolerada, sendo severamente punida.
Porém, como a idade do consentimento no Japão é a partir dos 14 anos, é relativamente comum encontrar revistas, filmes e DVD´s caseiros especialmente com meninos fazendo sexo oral com adultos (penetração é rara).
O mangá Lolicon costuma usar principalmente garotas de mais de 12 e menores de 16 anos, o que, em termos ocidentais, é chamado de pedofilia. Contudo, ha mangás que mostram crianças ainda mais novas... e bebês.
Apesar de ser um enorme produtor de mangá lolicon, o Japão tem praticamente nulos os índices de abuso infanti.

FUTANARI - hermafroditas.
O mangá futanari tem seu correlato no ocidente, com as "dick girls"; m******* que possuem tanto vagina quanto um pênis, normalmente mostrado descomunal ou de proporções exageradas.

CROSSDRESSING SHOTA - rapaz homossexual que se veste de m***** mas que é seduzido por m***** ou homem mais velho. Também aparece muito no mangá futanari.

SHOKUSHU - também chamado de TENTACLE ou TENTACURO (valeu, seu Angus!), este interessante tipo de mangá tem uma origem que lembra bem o tipo "jeitinho brasileiro": para escapar da censura japonesa que "proibe" a exibição de pelos pubianos, o autor do mangá Urotsuki Doji foi muito esperto: ao invés de mostrar o pênis do monstro, usou tentáculos.
Assim, ele driblou a censura, alegando que não se tratava de um pênis. E como a m***** estava "naturalmente" depilada...

KEMONO
Termo também aplicado aos animes em que aparecem animais que foram humanizados ou que possuem grandes similiaridade aos humanos. Ou vice-versa.
Conhecidos aqui no ocidente pelo nome furries.
As meninas que são meio gatas, eles chamam de Kemono-No-Neko, ou Nekomimi (mais uma vez, valeu, seu Angus!).